30 de Dezembro de 2022


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MARIA DE JESUS FONSECA

Consultora em GRH e Comportamento Organizacional



“Os bons Gestores de Talentos pensam primeiro como Homens de Negócio”



A frase que dá o título a este artigo foi proferida por Patty McCord antiga Diretora de Talento na Netflix, atualmente Consultora de Recursos Humanos. Suscitou em mim alguma curiosidade sobre como reagirão os Gestores de RH a esta ideia? Estarão de acordo? Como se posicionam os RH face ao negócio?


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as o que significa, afinal, pensar como um homem de negócio? Na minha opinião, há um conjunto de semelhanças entre os dois perfis e respetivos mindsets.

Uma primeira semelhança é a atitude empreendedora. No caso do homem de negócio, significa criar algo diferente e com valor, assumindo riscos e recebendo as consequentes recompensas. Para os RH, significa ser inovador e pioneiro em algumas ideias na Gestão de Pessoas, correndo o risco de serem vistas com “um bocadinho loucas” no início, mas obtendo como recompensa o envolvimento e o compromisso responsável do Colaboradores.

Uma segunda semelhança é a necessidade de , não equipas grandes, necessariamente. Rodear-se das pessoas certas, que ajam a bem da empresa, é uma mais-valia para o homem de negócio. Recrutar as pessoas certas, com as competências adequadas e com o perfil comportamental alinhado com os


valores da empresa, é um dos objetivos primordiais dos RH.

A terceira semelhança é agir sempre de acordo com “o que é bom para a empresa”. O Homem de negócio estabelece uma visão e objetivos, centrando-se no que é importante para torna-los realidade e com a preocupação constante da máxima eficácia e eficiência.

 Os RH modelam e encorajam os comportamentos que permitem alcançar tal visão e tais objetivos, atraindo, retendo e desenvolvendo as Competências, os Valores, as Atitudes e os Comportamentos que são melhores para o sucesso do negócio.

A quarta semelhança é a comunicação orientada para o cliente. O homem de negócio encontra na comunicação a ferramenta para se diferenciar, vencer a concorrência e conquistar clientes. 

Os RH tratam os colaboradores como clientes internos e usam a comunicação como forma de perceber as suas necessidade e responder aos desafios das múltiplas personalidades e subculturas, como se fossem diferentes

 nichos de mercado com necessidades de gestão diferentes.

A quinta semelhança é a paixão pelo que fazem. O homem de negócio é, normalmente, entusiasmado e enérgico, resultado do prazer que retira do que faz, da possibilidade de liderar e de influenciar pessoas, sejam colaboradores ou clientes. 

Da mesma forma, os RH exercem a sua atividade com entusiasmo e paixão pelas pessoas, por cuidar do seu bem-estar, motivando-os, assim, para contribuírem para o propósito maior da organização.

Terei, certamente, oportunidade de perguntar aos Gestores de RH com quem contacto nas empresas por onde passo, como formadora e consultora, se “pensam primeiro como homens de negócio inovadores e, por último como especialista em RH”, como diz Patty McCord … fá-lo-ei…

Se gosta deste tema, deixo-lhe uma sugestão de leitura “Reinventar os RH” da coleção HBR 10 artigos Essenciais.












pensam primeiro como homens de negócio inovadores e, por último como especialista em RH  (Maria de Jesus Fonseca)


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