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1 de Maio de 2022



Projeto “Eu e a Minha Reforma” ajuda a combater o défice de literacia financeira e digital


Tem mais de 55 anos, é ativo, tem interesse em aprender, em ser autónomo, em melhorar as suas competências digitais e financeiras? Damos-lhes então a conhecer o projeto “Eu a e Minha Reforma”, da Fundação Dr. António Cupertino de Miranda em parceria com os municípios de Matosinhos, Maia, Porto, Santo Tirso, Valongo e Vila Nova de Gaia.


Por Fernanda Silva Teixeira


Oprojeto “Eu e a Minha Refor­ma” é uma ini­ci­ativa que sur­ge para dar res­­posta ao pro­­ble­ma social do défice de literacia financeira e digital da população, com mais de 55 anos, sendo uma parceria entre a Fundação Dr. António Cupertino de Miranda e os municípios de Matosinhos, Maia, Porto, Santo Tirso, Valongo e Vila Nova de Gaia.

É um programa gratuito de desenvolvimento de competências financeiras, que inclui a realização de Laboratórios de Literacia Financeira, sessões presenciais e/ou à distância 

(online), assim como eventos de capacitação e partilha de conhe­cimentos.

A partir de exemplos de situações práticas do dia-a-dia transfere conhecimentos e informações que permitirão melhorar a própria saúde financeira.

O projeto “Eu e a Minha Reforma” visa a aquisição de conhecimentos e o desenvolvimento de competências que permitem a tomada de decisões financeiras corretas e informadas, a melhoria da capacidade de avaliação de riscos, de prevenção de situações de fraude e burla, bem como de outras situações que podem comprometer a sustentabilidade financeira e prejudicar seriamente o bem-estar e a qualidade 

de vida de cada um, com prejuízos familiares e sociais. A par da capaci­tação financeira os participantes terão oportunidade de desenvolver competências digitais, que lhes permitirão beneficiar das facilidades de utilização dos serviços digitais, nomeadamente ao nível dos serviços financeiros ao dispor de todos os cidadãos. Serão abordados vários temas, começando pelo orçamento familiar, criação de hábitos de poupança (mesmo quando achamos que é impossível poupar), prevenção da fraude, conta de serviços mínimos bancários, crédito responsável, a responsabilidade do fiador, seguros e direitos e deveres como consumidores e impostos.



Este programa promovido pela Fundação Dr. António Cupertino de Miranda, conta com a colaboração de várias entidades, como a Associação Portuguesa de Seguradores, o Banco de Portugal e a PricewaterhouseCoopers. A participação é gratuita, mas requer inscrição prévia.

“Capacitar para a literacia financeira é capacitar para os direitos humanos”

“Capacitar para a literacia financeira é capacitar para os direitos humanos”, afirmou João Costa, Secretário de Estado da Educação, na Conferência 







sobre Supervisão Comportamental Bancária: novos desafios dez anos depois da crise financeira, em setembro 2018.

A falta de literacia financeira é reconhecidamente (ONU, OCDE, UE,  BCE) um problema social, na sociedade contemporânea que inibe significativamente a qualidade de vida e o bem-estar de segmentos abrangentes e numerosos da população, como é o caso da população sénior, conduzindo-os a processos de empobrecimento, segregação e exclusão sociais. Combater o problema social do défice da literacia financeira entre a população sénior é uma prioridade premente e

geradora de valor e impacto social positivo.

Cerca de 21,3% da população portuguesa tem mais de 65 anos, prevendo-se que, em 2030 os idosos representem 26% da população e, em 2060, cresçam para 29%. Portugal é o terceiro país da União em rácio de idosos para jovens: 153 idosos para cada 100 jovens. Destes somente uma pequena percentagem é independente financeiramente. O risco de pobreza da população portuguesa era, em 2019, de 18,3%. O projeto “Eu e a Minha Reforma” é apoiado pela Portugal Inovação Social, através do Fundo Social Europeu.



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Foto: Formação Online

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