1 de Maio de 2022



Idade não pode ser critério seja para o que for


A Universidade Sénior de Rio Tinto, é um projeto da Junta de Freguesia que surgiu como uma resposta social destinada a todos os cidadãos de Rio Tinto a partir dos 50 anos de idade. Visa promover o envelhecimento ativo através do convívio, da prática de atividades físicas, pedagógicas, culturais, de cidadania e lazer, ao mesmo tempo que desenvolve e fortalece as relações interpessoais e sociais entre as diferentes gerações .


Por Fernanda Silva Teixeira


Oprojeto Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT) teve início em 2014 e, até Abril de 2022, passaram pela Universidade 2541 alunos.

Sendo as Universidades Seniores entidades com uma vertente principal que é a aprendizagem, têm, também, uma forte componente lúdica que muito contribui para que através da realização de viagens, visitas de estudo ou até da participação na vida ativa da comunidade, possibilita a troca de experiências e a criação de novas amizades. Passada a fase da vida ativa de qualquer individuo, estes, começam a sentirem-se sós procurando preencher esse vazio de uma forma ativa, dinâmica e alegre. “Poderia limitar-se a ficar sozinho em casa, procurar um Centro de Dia ou um Lar da Terceira Idade mas, se estas instituições foram uma excelente resposta há 20 ou 30 anos atrás, já não o são no século XXI, porque os idosos também são completamente diferentes e, como tal, resistem enquanto podem a esse tipo de instituições”, refere Maria da Conceição Loureiro. Segundo a Vogal de Ação Social, Educação e Cidadania da Junta de Freguesia de Rio Tinto, quando estes percebem o que são as Universidades Seniores, “sentem que estão perante o que procuravam para que a sua vida continue ativa e saudável, não sendo raro ouvir-se alunos afirmarem que depois de terem passado a frequentar a Universidade Sénior puseram de lado os ansiolíticos”.






É sabido que Portugal tem uma população bastante envelhecida, questionada sobre o que podem e devem fazer as marcas e instituições para tentar combater esta situação, Maria da Conceição Loureiro afirma que, “há um estigma muito grande na sociedade relativamente aos mais idosos. Como qualquer outro, este é um preconceito que urge combater pelo sofrimento que causa. Todos estão obrigados a isso, e as instituições e empresas, em função da sua responsabilidade social, não deviam abstrair-se do combate a este fenómeno em crescendo: o “idadismo”.  

Como? Tornando os idosos pessoas “normais”, com valor e direitos, com capacidades ainda a explorar e cujo acumular de conhecimento e experiência ao longo da vida, pode ser de grande utilidade para a sociedade”.

A responsável acrescenta ainda que, “seria excelente, envolver os idosos em programas de diversão, de moda, no desporto, na área da comunicação social publicando artigos de opinião em jornais e revistas”, relembrando “que não existem revistas para idosos dando como exemplo a área da política”. Em suma, a sociedade num todo deveria “envolvê-los na vida”. Acima de tudo, “pensar e fazer os outros pensar, que a idade não pode ser critério seja para o que for. Será tanto mais justa uma sociedade, quanto menos preconceituosa for, e os idosos são vítimas de preconceito”.

Para além das aulas e do conhecimento adquirido na Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT), existem outros projetos em atividade na Freguesia destinados a pessoas com mais de 50 anos, nomeadamente; a “Orquestra de Cavaquinhos” a Revista “Sénior Magazine” o projeto “Eco escolas”; o projeto “Porto4Ageing”e a Biblioteca da Universidade.




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