84% das PME portuguesas espera regressar aos níveis de rentabilidade pré-pandemia nos próximos 12 meses
A pandemia dos últimos dois anos afetou consideravelmente a economia do país – um efeito que se fez sentir, em especial, nas pequenas e médias empresas (PME), que compõem a grande maioria do tecido empresarial português e são um motor essencial para ultrapassar os problemas económicos.
este sentido, a Sage, acaba de lançar o estudo global “Pequenos negócios, grandes oportunidades?” – num total de 13 mil PME inquiridas, mais de mil delas portuguesas –, para compreender os seus desafios e perspectivas para o futuro a mais longo prazo.
Mais confiança no sucesso dos negócios em 2022
Apesar dos obstáculos trazidos pela pandemia, o estudo revela que existem fortes sinais de otimismo quanto ao sucesso dos negócios a longo prazo, à capacidade de contratação e ao forte crescimento financeiro nos próximos anos.
A Sage revela que a grande maioria das PME portuguesas (71%) se sente confiante quanto ao sucesso dos seus
negócios nos próximos 12 meses, uma tendência que tem vindo a aumentar ao longo do tempo. De facto, estão mais otimistas agora do que estavam há um ano (+16%).
Este otimismo está a influenciar o desempenho, e 84% das PME portuguesas espera regressar aos níveis de rentabilidade pré-pandemia, pelo menos parcialmente. Também quase metade (54%) prevê que as suas receitas aumentem nos próximos meses, um ótimo indicador de estabilidade e resiliência.
Entre os fatores que mais contribuem para esta confiança renovada, encontramos por exemplo o aumento da base de clientes, a força de trabalho de alta qualidade, o aumento do fluxo de caixa e as novas tecnologias e eficiências adotadas durante a pandemia.
Ainda existem obstáculos no caminho do sucesso
No entanto, é também necessário referir que mais de um terço (35%) das PME portuguesas ainda não consegue exercer a sua atividade normalmente devido aos obstáculos trazidos pela pandemia.
Assim sendo, entre os principais entraves que se colocam hoje ao sucesso das PME portuguesas, a maior parte (34%) indica incapacidade de funcionar normalmente devido à pandemia, destacando bloqueios adicionais, restrições às viagens, trabalho à distância e ausências de colaboradores por contrair COVID-19, entre outros efeitos que ainda se fazem sentir no quotidiano.
Também preocupante para muitas das empresas inquiridas em Portugal (33%) é o aumento dos custos, em particular o novo desafio da inflação, cujos números significativos apontam para a persistência e agravamento nos próximos anos.