19 de Janeiro de 2022





RUI PEDRO OLIVEIRA

CEO, IMAGINEW



2022 is here. Fight or Faith? Choose!


No dia que escrevo estas linhas solicitaram que imaginasse o que poderá ser o ano de 2022. Apraz-me escrever, o mundo dos poderosos que escolham em que pista querem correr.



O

mundo luta unilateralmente com o que se prevê ser o pico da 5ª vaga da pandemia de Covid-19. Escrevo unilateral­mente, pois todos os países têm o mesmo interesse comum: combater e endemizar o vírus defini­tivamente.

Há reforços de terceiras doses, há países na União Europeia a ponderarem a quarta dose da vacina e há exemplos notáveis como o português com quase toda a população vacinada, menos os negacionistas, como temos os exem­plos deploráveis principalmente dos desgraçados em África com países com menos de 4% da população inoculada. Enquanto este último pro­ble­ma não for resolvido, vamos infelizmente completar o alfabeto grego no nome das variantes quando ainda pouco se sabe da variante Ómicron e ainda não há letra atribuída para ao que dizem ser a nova variante da Papua Nova Guiné. Não existindo o termo, diria que é um problema de “geo-sanidade-pública” e de qualquer forma imprevisível, inesperada tal como ninguém, pelo menos em Portugal, imaginava como ia começar o ano de 2020.

Estranhamente (ou não) nesta precisa altura de uma guerra invisível global vemos parte do globo bastante preocupado com as suas lutas intestinais de geopolítica. Em pleno século XXI é possível imaginar que a Rússia ameace invadir a Ucrânia, que a China ensaie ameaças balísticas contra Taiwan que se escuda com o apoio de manobras militares do chamado 


AUKUS, aliança entre a Austrália, Reino Unido e Estados Unidos com o Japão também sendo parte integrante e atenta do processo, sendo que Xi e Putin agora são os melhores amigos? Já para não falar de um ditador Bielorusso, paredes meias com o nosso espaço Schengen que além de desviar aviões comerciais de uma companhia de bandeira Irlandesa para raptar dois passageiros em Minsk quando se encontravam apenas a 150 km do destino apenas por terem expressado um direito universal que se chama liberdade de expressão e que agora ameaça cortar os gasodutos que fornecem grande parte da Europa. No fundo uma discussão que coloca as quatro poderosas capitais, Londres e Washington a mediar e liderar um lado e Pequim e Moscovo com os seus a liderarem interesses em territórios autónomos.

Tudo isto tem um impacto fortíssimo na economia e na vida de todos os cidadãos, por isso atrevo-me a dizer que obviamente há dois anos um vírus mudou o mundo literalmente em 

    todos os aspetos, dos laborais aos escolares, dos conjugais aos pessoais, das economias aos científicos entre muitos outros. 

    O ano de 2022 será a meu ver totalmente imprevisível, agora já não por causa da primeira guerra a viral, mas sim as outras que aí se avizinham. 

    Devíamos primeiro resolver a primeira e mais importante guerra mundial que é comum no objetivo de derrotar o inimigo viral e depois deixar (não devíamos, mas nada, nós portugueses podemos fazer neste campo bélico) resolverem as suas questiúnculas enquanto o nosso General se preocupou com o bem comum nacional e na gestão de ajuda internacional que estava ao nosso alcance. 

    Como dizia Frederico Guilherme Ernesto de Eschaumburgo-Lipa, vulgo o Conde de Lippe: “A única guerra legítima é uma guerra defensiva”. E essa nós, portugueses, lideramos exemplar­mente perspetivando um bom 2022.



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