sta tendência não surpreende dado que, segundo outra Consultora, McKinsey Global Institute, com recurso à tecnologia atualmente disponível, 56% das atividade de RH podem ser automatizadas, libertando a equipa de RH para se focar na estratégia e cuidar das emoções e das relações, gastando menos tempo com atividades monótonas centradas em documentos em vez de se centrarem nas pessoas (já dediquei um #minutostartandgo ao papel estratégico e emocional da GRH, viram?).

Entre os principais motivos citados pelos Gestores de RH para a implementação da IA surgem, segundo a mesma fonte (Gartner), a economia de custos, a tomada de decisões mais precisa com base em dados e a melhoria da experiência do colaborador. Tal resulta do facto de as soluções baseadas em IA gerarem serviços de RH mais rápidos, mais ágeis e mais

personalizados. A resultante melhoria da experiência do colaborador poderá aumentar o desempenho do funcionário médio em 17%.

Deste modo, o uso da IA constitui uma oportunidade de melhoria dos processos de RH, estando já em curso esta transformação, sobretudo, nas seguintes áreas: operações de RH (40% das organizações), aquisição de talentos (38%), monitoramento do envolvimento dos funcionários (38%), formação e desenvolvimento (51%), gestão de competências (48%) e gestão de desempenho (44%). A pesquisa da Gartner concluiu que 47% dos líderes de RH aumentarão os seus investimentos em IA em 2022 e 51% manterão os seus investimentos atuais.

As vantagens da IA estão a ser sentidas pelas empresas, pelos colaboradores e pelos candidatos nos processos de recrutamento e onboarding. No primeiro, o processo torna-se mais rápido, a pesquisa de Talento mais direta, simples e menos enviesada. Apps específicas e sistemas de rastreamento 

de candidatos (ATS - Applicant Tracking Systems) têm a capacidade de comparar CVs com o perfil da função, marcar entrevistas e até fazer uma primeira entrevista com um chatbot (robot que simula uma conversação). Ao nível do onboarding, as soluções online são cada vez mais essenciais, dado que se prevê que em 2022 um terço dos trabalhadores, em todo o mundo, poderá trabalhar remotamente.

Entre as dificuldades na implementação da IA, os líderes de RH referem, em primeiro lugar, o financiamento, dado que nem todos os benefícios são fáceis de quantificar em termos de retorno; em segundo lugar, a segurança dos dados e a privacidade; em terceiro lugar, a adaptação das infraestruturas existentes na empresa.

A tecnologia continuará a transformar o mundo e a GRH deve integrar essa mudança, proporcionando aos seus clientes internos um serviço de excelência, associado a maior eficiência e redução de custos.

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Gestão de Pessoas, 2022 será o ano das máquinas, quem concorda

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