1 de Agosto de 2021









Luis Augusto Lobão Mendes

Professor e Consultor  





 


ESTRATÉGIA ESG (Ecossistema Ambiental, Social e Governança)









Você já atualizou seu projeto e o seu pensamento sobre vantagem competitiva?



A

pesar de ter ganhado notoriedade nos últimos anos, a origem da sigla ESG (boas práticas que incluem o ecossistema ambiental, o social e a governança corporativa) remete há mais de uma década. O termo foi cunhado em 2004 em uma publicação pioneira do Banco Mundial em parceria com o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) e instituições financeiras de 9 países, chamada Who Cares Wins (Ganha quem se importa). O documento foi o resultado de uma provocação do então secretário-geral da ONU, Kofi Annan, a 50 CEOs de grandes instituições financeiras do mundo. A proposta era obter respostas dos bancos sobre como integrar os fatores ESG ao mercado de capitais.

Entramos em 2021, e a crise global tem sido uma oportunidade para as empresas operacionalizarem sua cultura e destacar a necessidade de focar em: sustentabilidade, no bem-estar dos colaboradores e reavaliar a melhor forma de atender às suas necessidades, bem como de investidores. Os consumidores, colaboradores e investidores estão cada vez mais interessados em saber se as organizações que apoiam são cidadãos corporativos, com valores alinhados aos seus, com boas mensagens externas sobre suas práticas que incluem o meio ambiente, o social e a governança (ESG).


As pessoas não querem mais se relacionar com as “melhores empresas do mundo”, mas sim com as “melhores empresas para o mundo!”

O ESG tem sido usado como uma espécie de métrica para nortear boas práticas de negócios. Alguns aspectos observados quando se fala em ESG são os impactos ambien­tais e sociais da cadeia de negócios, as emissões de carbono, a gestão dos resí­duos e rejeitos oriundos de determinada atividade, ques­tões trabalhistas e de inclusão dos trabalhadores e a meto­do­logia de contabilidade, por entre outras, como podem ser vistas na figura abaixo. Tudo isso ganha força dentro de um contexto em que grandes empresas têm suas ações listadas em bolsas de valores e há cobrança por parte de acionistas e fundos de investimentos por práticas que garantam a sobrevivência de uma empresa a longo prazo.

O ESG tem sido usado como uma espécie de métrica para nortear boas práticas de negócios. Alguns aspectos observados quando se fala em ESG são os impactos ambien­tais e sociais da cadeia de negócios, as emissões de car­bo­no, a gestão dos resíduos e rejeitos oriundos de deter­minada atividade, questões trabalhistas e de inclusão dos trabalhadores e a metodo­lo­gia de contabilidade, dentre outras, como podem ser vistas na figura abaixo. Tudo isso ganha força dentro de um contexto em que grandes empresas têm suas ações listadas em bolsas de valores e há cobrança por parte de acionistas e fundos de investimentos por práticas que garantam a sobrevivência de uma empresa a longo prazo.

O ESG tem grande impacto em como uma empresa é vista, indepen­dente de seus resultados financeiros, em um cenário em que o propósito de uma empresa e seus valores têm sido muito valorizado por                     










investidores e pelos clientes e consumidores

As práticas de “Envi­ron­mental, Social and Gover­nance” (ESG) trazem oportu­nidades para as em­presas. Além de mitigar riscos e gerar valor no longo prazo, é possível integrar o ESG com estratégias corpo­rativas, me­lhor gover­nança e maior comu­nicação entre os acio­nistas e partes inte­res­sadas.


Entre os benefícios já citados, podemos destacar ainda:


• Ter uma estratégia ESG permitirá atrair e reter os melhores talentos e inves­timentos. Atualmente os pro­fis­sionais altamente quali­ficados querem trabalhar para uma empresa que tenha valores claros e um propósito


massivo transformador;

• Seus clientes serão cada vez mais leais à sua organização se você tiver uma marca forte e uma reputação positiva;

• Como empresa, você pode manter seu conselho atua­lizado e revisar de forma proativa as políticas relacio­nadas ao meio ambiente, gestão de capital humano e outras questões sociais rele­vantes para o seu negócio e não ser alvo de ativistas;

• Os relatórios ESG fornecem a seus clientes e funcionários perceções importantes sobre o seu propósito e valores de sua marca;

• Uma reputação no mercado somados a um bom levanta­mento de práticas de ESG, com dados sólidos, são muito positivos quando/se está bus­cando financiamento pri­vado 


ou no setor público;

• Os investidores irão valo­rizar cada vez mais uma posição ESG.

Comece quantificando o que você está fazendo, organi­zando, medindo e comuni­cando seus dados e defina metas mensuráveis. Os inves­tidores querem ver se você tem uma narrativa ESG e um plano com métricas quanti­ficáveis específicas que eles podem seguir. O crescimento do ESG entre investidores e empresas está relacionado a uma evolução sobre a mate­rialidade. Uma série de fatores de sustentabilidade corporativa e de mercado, historicamente vistos como não financeiros, agora são vistos como motivadores materiais do desempenho dos negócios.

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