FERNANDA TEIXEIRA
Jornalista
Cultura reinventa-se
Vivemos confinados, limitados a um sem número de coisas.
Vemos e ouvimos notícias quase sempre dramáticas, desde o número de infetados e de mortes por Covid-19, o desemprego que não para de crescer ou manifestações de quem quer trabalhar e ganhar dinheiro para pôr pão na mesa.
São vários os setores que estão no limite, que sobrevivem e que lutam antes de tombarem. A cultura é um desses casos. Mas mesmo com lamentos, muitos reinventaram-se. As plataformas online servem agora de palco a atividades de expressão dramática, histórias encenadas e até espetáculos para bebés.
No meio de tanta incerteza e angústia há quem se tenha adaptado, e neste número da Start&Go falamos com alguns desses exemplos.
Mas existem outros. A companhia do Teatro do Noroeste de Viana do Castelo foi a primeira a transmitir produções nas redes sociais.
Neste ano de pandemia apresentaram 40 espetáculos com mais de 150 mil visualizações através das redes sociais.
Atualmente está em cena o "O Palhaço Verde" de Matilde Rosa Araújo, que é transmitido em direto para escolas e lares de todo o país. Todos os dias estão crianças nas suas salas e nos seus quartos a verem este espetáculo. Em Março de 2020 a companhia residente do Teatro Municipal Sá de Miranda foi a primeira a lançar uma programação online. Ainda as crianças estavam na escola e a companhia já transmitia, pela primeira vez, um espetáculo em streaming. Isto sem imaginar o que aí vinha.
Outros exemplos de reinvenção são a sala online do Teatro D. Maria II, onde é possível assistir a espetáculos, registado em alta resolução e em multicâmara pelo valor de 3 euros, ou os espetáculos para bebés “Piu” e “Lagartinha” que o Teatro do Biombo disponibiliza online. Mas muitos mais exemplos existem por aí.