30 de Dezembro de 2020









RUI PEDRO OLIVEIRA

CEO, IMAGINEW


Fotografias D.R.


Em 2020 o mais negativo, foi ouvir positivo!


O ano mais atípico da geração X, Y, Z, Baby boomers, Alpha, Millennials, e muitas mais “tribos” que por todo o mundo proliferam, foi com certeza um dos anos que vai ficar certamente na história. Infelizmente com poucos exemplos bons que vão ficar, mas são esses mesmos que vou explorar.

Minha opinião, claro.



O primeiro, e o mais importante, foi que afinal as pessoas precisavam de mais beijos e abraços. Afinal há senti­mentos que nunca acabaram, estavam provavelmente um pouco “adormecidos” e fez esta vontade e a saudade florescer novamente.

Um segundo aspeto, e agora sem qualquer ordem de prioridade, foi o facto da ciência se ter unido no mundo todo sem olhar a bandeiras, e conseguir em menos de um ano desenvolver uma vacina eficaz, em poucas semanas produzir novas variantes para as diferentes estirpes de um vírus covarde e forte.







A tecnologia, foi essencial em todo este processo, mão só de aprendizagem de quem nunca tinha ouvido falar em Skype, Teams, Zoom, Hangout, etc. As chamadas de vídeo de Facetime e WhatsApp foram cerca de 8 vezes mais do que em 2019. Havia pelo menos algum sentimento de proximidade.

As reuniões aborrecidas e por qualquer motivo deixaram de existir, todos renderam-se às videoconferências e limitaram quer nos assuntos quer nas presenças físicas tudo ao mínimo. A volta (de profissões que permitem esse meio de trabalho) jamais será igual. Há empresas e países a limitarem a semana de trabalho a 4 dias úteis.

A solidariedade entre povos e entre comunidades económicas foi absolu­tamente generosa na sua maioria (há exceções, como sempre haverá) mas a balança comercial é superior em generosidade que em conflitualidade.


Um dos sectores que mais tinha sofrido nos últimos anos e que levou muitos a terem que optar pela emigração, foram os profissionais de saúde, em particular os enfermeiros. Hoje em dia, os mais requisitados em todo o mundo. Um grande aplauso para todos eles.

Reinvenção. Basicamente não houve praticamente nenhum setor que não tivesse que se reinventar. Os bancos levantaram fortemente os sistemas burocráticos. Os serviços do Estado idem. Empresas têxteis em dificuldades começaram fabricar máscaras. Empresas de componentes automóveis e tecno­lógicos começaram a fabricar viseiras e até ventiladores. Restaurantes em sistema de “takeaways” e “deliveries”. Infelizmente nem todos os sectores de atividade podem queixar-se de terem tido a mesma sorte e oportunidades, mas que tudo mudou, mudou.

Até o mundo da aviação começa a ___


descolar, com a procura de há um ano luxuosos e recentes Airbus A330-NEO e Boings Dreamliner, hoje em dia só com 6 cadeiras em executiva para os tripulantes do avião pois todo o resto está transformado com arcas frigoríficas de carga para distribuição de vacinas em todo mundo. Até a Austrália conseguir imaginar-se a ganhar dinheiro por manter arrumados mais de 300 aviões de todo o mundo na zona de Alice Springs devido à sua temperatura e humidade específica que garante a boa manutenção dos mesmos.

Foi um ano bom, claro que não foi. Foi uma situação boa, claro que não foi. Mas nem tudo foi mau, negativo foram todos os infelizes e posteriormente desgraçados por terem ouvido e alguns falecido na sequência de ouvirem ou lerem: 

     “Positivo”.

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