MANUELA RIBEIRO
Consultora e criadora da metodologia THE CHOICE – service awareness
Fotografias D.R.
AND NOW WHAT? E AGORA?
Quais os próximos passos neste novo tempo?
Entre os anos 2010 e 2012 eu e mais 3 amigos escrevemos crónicas semanais para o jornal Correio do Ribatejo, na cidade de Santarém. O titulo geral das crónicas era “Crónicas dos Novos Tempos” explorando temas variados, na expectativa do tão famoso 21 de dezembro de 2012. Agora ao iniciar este artigo surgiu essa memória e de repente percebi que afinal o Novo Tempo está a ser vivido nestes momentos atuais … 8 anos depois.
Acélebre empresa de consultadoria Mckinsey & Company publicou um artigo, a meados de abril, com as 4 grandes linhas de atuação que considerava fundamentais para fazer face ao desafio criado pela COVID 19 e apesar de os seus clientes serem grandes organizações privadas e publicas, esses guidelines são igualmente aplicáveis nas pequenas e médias empresas. Essas linhas de atuação são:
- Garantir a segurança dos colaboradores e rever processos;
- Recuperar receitas;
- Melhorar a organização;
- Acelerar os processos digitais.
A aplicação destes 4 focos de ações implica desde logo uma grande coordenação do líder da empresa com as suas equipas de direção e estas com os seus colaboradores. Este é o momento em que todos estamos a ser chamados a agir de uma nova forma, de cada líder mostrar a sua capacidade de motivar através da compreensão, empatia, vulnerabilidade, foco, realismo, confiança e resiliência.
O ponto numero 1 é aquele em que as empresas possivelmente já estarão mais bem preparadas, com os planos de contingência elaborados e aplicados na sua atividade.
A recuperação das receitas exige um outro tipo de análise e reflexão. Como manter e suportar os clientes atuais e criar espaço para criatividade e inovação ______________
de produtos, mercados alternativos segmentos de distribuição diversos.
Que medos ultrapassar? Quais as necessidades dos clientes alvo que a empresa, pode satisfazer? Numa situação de pressão financeira, a entrega de valor é ainda mais importante, qual o valor que têm para oferecer?
Melhorar a organização é algo que surge naturalmente:
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A partir dos factos que evidenciaram que algumas respostas não aconteceram como seria desejado, durante o pico da pandemia. O que não funcionou bem? Os documentos que não estavam onde deveriam estar? Os planos de trabalho que estavam “arquivados” na memória do responsável, que ficou impossibilitado de contacto? As condições acordadas com clientes e que não tinham sido comunicadas internamente?
A partir do modelo desenhado no ponto 2 - para recuperar receitas - o que é preciso reorganizar para criar novos produtos? Para utilizar novos meios digitais? Para explorar novos segmentos de distribuição? Para encontrar novos fornecedores? Para acelerar o prazo de entregas? Para oferecer um melhor serviço e fidelizar mais clientes?
Neste ponto surge agora algo tão importante como a recuperação das receitas – a otimização de custos – com as perdas já efetivas de algumas _____________
receitas – como compensar parcialmente essa perda, através da otimização de custos? Olhando para esta opção como uma grande oportunidade de reforço da eficiência, é o primeiro passo para incluir toda a empresa neste processo.
O foco é otimizar atividades, articular ideias e sugestões ao longo de toda a cadeia produtiva, partilhar a evolução do processo e comunicar os ganhos já obtidos. Todos os colaboradores são parte do processo, porque otimizar custos não é necessariamente reduzir o número de trabalhadores.
Por último, acelerar os processos digitais será fundamental, numa economia que nos próximos meses se anuncia como uma economia de baixo contacto. O que privilegiar? Estará diretamente relacionado com a resposta ao ponto 2, sobre como recuperar receitas e ao ponto 3, como melhorar a organização e otimizar custos.
A modos de resumo, trabalhar
estes 4 pontos de uma forma estruturada e em conjunto com toda a equipa, pode
criar uma resposta de sucesso ao desafio atual. Criar um plano, definir ações,
calendário e muita responsabilidade individual, por parte de toda, mas mesmo de
toda a organização, trazer a todos para a linha da frente, todos são
importantes e todos podem contribuir para sair deste cenário de uma forma mais
plena, como profissionais e como
pessoas.
Acredito profundamente que essa é uma das sugestões destes tempos COVID-19., mais colaboração, flexibilidade e inovação. Há um Novo Tempo, e um Novo Estar, em criação, o que Escolhemos?
