Se escutarmos a conversa de duas ou mais pessoas numa esplanada, se não estiveram a falar de trivialidades ligados ao mundo do futebol, da moda ou das férias, é porque já estão a explanar uma ideia de negócio que, por sua vez, puxa outra ideia, a qual…
que podem originar milhares de distintas combinações geradoras de “negócios únicos”. A corporização desses negócios é normalmente suportada numa sociedade comercial que, segundo os dados do INE referentes a 2017 para as empresas nascidas 2 anos antes, possuem uma taxa de mortalidade de 43,3%.
A que se deverá esta enorme taxa de mortalidade?
1. Enorme otimismo pessoal reforçado pelos incentivos das pessoas mais próximas do empreendedor (amigos e familiares);
2. Falta de aplicação de algumas metodologias simples de validação prévia de alguns pontos essenciais à viabilidade de um negócio (aconselha-se vivamente o recurso à matriz canvas expressa no livro “geração de modelos de negócio” de Alexander Osterwalder e Yves Peigner, https://www.strategyzer.com/ e ao “empreendedorismo disciplinado: 24 passos para uma startup de sucesso” de Bill Aulet, https://www.d-eship.com/);
3. Desconhecimento das implicações e obrigações inerentes à posse de uma sociedade comercial;
4. Acesso fácil ao financiamento FFF (Family, Friends and Fools).
O contexto apresentado não pretende desincentivar as pessoas de empreender; antes pelo contrário, tem por objetivo salientar que esta atividade é arriscada e, como tal, deve ser acompanhada de uma boa dose de prevenção e racionalidade para que a emotividade não as conduza direta e rapidamente para um abismo.