E por fim, mantenha a sua boca fechada e deixe as outras
pessoas pensarem que é estupido, em vez de a abrir e não deixar qualquer
dúvida.
Muito poderia ser escrito sobre estes pequenos 10
mandamentos. Cruzemos esta informação com três aspetos que só os neurologistas
com certeza poderão explorar.
No preciso momento em que:
- Se segura uma chávena de café quente na mão, há uma
tendência para uma acalmia e harmonia nos seus pensamentos e dialética.
- Num supermercado, toca um mix de Joe Dassin com Edith Piaf
(não sei se alguma vez existiu tal perfomance) há uma forte probabilidade de as
vendas de vinho francês dispararem.
- Que se esteja a fazer um exame de matemática, física ou
outra ciência envergando uma típica bata branca de cientista, há uma forte
probabilidade de obter uma nota superior relativamente a quem use um traje
casual.
Estes créditos de referência são devidos a Carolina Webb,
CEO da Sevenshift e autora do livro “How to make a good day”
Claro que o primeiro pensamento a nível pessoal, seria
imaginarmos o nosso cônjuge vestido com uma bata de samurai a ouvir Ryuichi
Sakamoto caso fossemos devotos de sushi em casa ou até dotarmos os nossos
filhos com um traje de escuteiro quando se tratasse de fazer um exame de
ciências da natureza.
Nas empresas será utópico trajar qualquer colaborador com
fato (e gravata no caso dos homens) quando têm que ser comerciais, fazer com
que passeie todo o dia no escritório com uma chávena quente nas mãos para ser
um ser afável e simpático, ou ouvir Schütz e Orff e ler Goethe e Mann para que
inspire o rigor e a pontualidade germânica. Mesmo sendo estas pequenas
inspirações que têm que estar presentes diariamente na vida do mais alto
representante ao mais humilde colaborador de uma companhia.
Se o responsável máximo da empresa não vende e não se
interessa por segurar um cliente acomodando-se sem ponta de orgulho da
instituição que preside, será o departamento comercial a faze-lo? Se não tem um
sorriso fácil, uma palavra amiga, um gesto afável serão todos os outros
colaboradores a tê-lo? Se não vestir a camisola, honrando a mesma que lhe dá o
seu sustento e bem-estar adequado à sua família será que pode impor aos seus colaboradores
que o façam?
Einstein disse uma vez: “Se tivesse uma hora para resolver
um problema, pensaria 55 minutos no problema e 5 minutos na solução.”
É audaz que a palavra de um dos QI’s mais elevados da
humanidade seja contestada, mas atrevo-me a escrever que muitas vezes a maior
parte dos problemas são causados porque as pessoas pensam demasiado nos
problemas e não nas soluções.
Se interpretarmos bem onde se conjugam algumas máximas que depois de lidas são consideradas à La Palisse, com o que o nosso cérebro executa sem nos apercebermos por vezes, seguramente menos vezes pensaríamos tanto nos problemas. Et voilá! Contrariando Einstein.